Como escolher vinhos nas prateleiras do supermercado?

Acredite, facilmente encontramos bons vinhos nas prateleiras do “super”! Então, fique por dentro de algumas dicas de como escolher vinhos nas prateleiras do supermercado e não se perder na infinidade de opções disponíveis, e ser certeiro na sua escolha.

como escolher vinhos

Como escolher vinhos

Em primeiro lugar, os vinhos disponíveis no supermercado geralmente são para consumo imediato. Não indico comprar uma garrafa para deixar guardada meses, ou até mesmo anos para uma ocasião especial. Em virtude desta afirmação, vou explicar porque os vinhos adquiridos nas redes de mercado são para consumir logo.

Um ponto que devemos levar em conta é que as garrafas oferecidas nas prateleiras normalmente estão na posição vertical, e esta não é a posição mais indicada para manter um vinho. Este tipo de acomodação não deixa o líquido ficar em contato com a rolha, e este processo, com o tempo, causa um ressecamento da rolha. Além disso, a posição vertical não deixará o vinho respirar, pois a rolha de cortiça permite a troca de oxigênio da bebida com o ambiente. Este processo de oxigenação é necessário, para liberar os compostos voláteis capazes de alterar positivamente seu aroma e sabor. Mas isso é tema para uma próxima pauta!

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Outro fator é a exposição das garrafas à luz excessiva dos mercados. Mesmo sendo uma luz fria, o vinho não gosta de lugares com grande claridade. Ao longo do tempo, a iluminação pode acarretar alterações de coloração na bebida, deixando os vinhos tintos com tons atijolados, os brancos com tons mais amarelados e os rosés mais alaranjados. Então dê preferência para as garrafas que estão no fundo das prateleiras no momento da compra.

Enfim, acabei me prolongando nos fatores negativos de conservação dos vinhos nos supermercados. Mas digamos que foi por um bom motivo, porque o meu intuito é convencer que o vinho pode estar presente no nosso dia a dia. Afinal, devemos considerar a compra de um vinho como um momento agradável e não aterrorizante diante de tantos rótulos.

Agora, vamos para a parte boa para saber como escolher vinhos no supermercado: por que o mercado é um ótimo ponto de compra de vinhos? Preço, é a primeira variável. Às vezes, nas grandes redes, encontramos preços bem atrativos de rótulos premiados, com melhores avaliações, por valores abaixo do que comumente vemos por aí, seja na linha de importados ou nacionais.

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A oportunidade de experimentar produtos de outros países também é um atrativo. As grandes redes de mercado têm importadoras próprias, que facilitam a aproximação do cliente com produtos importados, fugindo um pouco dos vinhos da América Latina que estamos mais familiarizados, e assim expandindo nossos horizontes enófilos pela Europa, Austrália e até mesmo África.

Da Europa, destaco os vinhos portugueses, facilmente encontrados nas prateleiras. Para um happy hour em dias quentes, sugiro o vinho verde: tem uma característica bem refrescante, assim como uma acidez bem presente que sentimos ao tomar. Já para os tintos, vá de Touriga Nacional, uva emblemática do país, geralmente presente nos vinhos de corte (que é quando o enólogo utiliza vinhos de mais de uma cultivar na sua elaboração).

Vinhos da Espanha também ganham destaque. Uma opção que você pode confiar são os vinhos da uva Tempranillo. Este tinto tem maior presença dos taninos na boca, deste modo, não sugiro como escolha para os iniciantes. Já de países como Itália, temos o Chianti, que é um vinho de corte onde predomina a uva Sangiovese.

Indo para Austrália, podemos escolher vinhos tintos da cultivar Shiraz. Os vinhos brancos Chardonnay também são uma ótima escolha, e é um vinho facilmente encontrado nas prateleiras. Rótulos da África do Sul, temos da uva Pinotage. Geralmente os produtores africanos não utilizam muita madeira na produção dos vinhos desta uva, para demonstrar de fato o seu melhor, em virtude de seus taninos e corpo.

Aqui no Brasil, temos uma grande variedade dos vinhos da América Latina, vindo de países como Chile, Argentina e Uruguai. Cada país possui a uva que melhor se adaptou no seu terroir, que nada mais é a relação perfeita entre o solo e o micro-clima particular da região.

As combinações perfeitas dos países latinos e cultivar são: Argentina temos o vinho tinto Malbec, e branco temos a opção Torrontés; Uruguai temos a uva Tannat, que é emblemática no país dos “hermanos”, possui taninos e acidez marcante, duas características que transformam em um vinho com potencial de guarda, então safras antigas podem revelar grandes vinhos. Por fim o Chile tem como queridinha a uva Carmenere, um vinho tinto leve, mas nem por isso sem personalidade notável.

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E vinho nacional, não merece destaque nas prateleiras dos supermercados? Merece, sim senhor, principalmente na parte dos espumantes. Temos opções que variam do branco ao rosé, do Moscatel, que é mais doce, ao Nature que não tem adição de açúcar, e essas borbulhas engarrafadas merecem um lugar cativo dentro do seu carrinho na hora das compras.

Os espumantes nacionais vêm ganhando lugar no mercado, pois as vinícolas da região gaúcha perceberam que o nosso solo é muito propício para produção das cultivares utilizadas na produção da bebida, resultando produtos de qualidade. Pode apostar que é uma escolha sem erro para ser cúmplice de brindes ou de um fim de tarde agradável entre amigos.

Me estendi nas dicas, mas tentei ser o mais pontual possível, pois o mundo dos vinhos é muito amplo. Me detive nas opções que podemos encontrar nas prateleiras. Lembrando que as dicas são sujeitas às limitações de estoque e das variações ofertadas no supermercado de sua preferência, mas que isto não afete as suas escolhas, pois… Degusto, logo existo!

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