Mês do Rock Santa Maria levará shows à praça Saldanha Marinho

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Na edição passada, show com Pylla C14. Foto: Carolina Carvalho

Começa neste sábado mais uma edição das comemorações ao Mês do Rock em Santa Maria.
Capitaneada pela Grings Tour desde o ano passado, a comemoração terá dois dias de shows na Praça Saldanha Marinho, no coração de Santa Maria, com a participação de 12 bandas de rock – 10 santa-marienses, uma argentina e uma catarinense.

As bandas (veja a lista e programação abaixo) foram selecionadas entre mais de 50 inscritas, por uma curadoria do músico Filipe Bortholuzzi (o Mumu, da Vera Loca e El Negro) e pelo produtor Heron Domingues.

– Quanto à seleção, orientamos a curadoria no seguinte aspecto: que fossem bandas que estivessem produzindo ou lançando novos materiais, videoclipes e que de alguma forma continuem ainda em atividade, bandas representativas ou ativas no cenário rockeiro da cidade. Essas produções que balizaram a escolha – explica Márcio Grings, responsável pelo evento.

– O grande barato para mim é que tem um recorte bem interessante da cena, dos últimos 35 anos. Temos artistas que estão há muito tempo, como Pylla, Nocet, Gerson Werlang, e novo,s como Shared Live e Brisocks que lançou videoclipe novo. De alguma forma todos os movimentos mostram que o pessoal está em atividade, fazendo rock – comenta Grings.

Neste ano, um pouco mais reduzido, o Mês do Rock será realizado durante dois dias, em mais de 12 horas de show em uma estrutura de palco e luz especialmente montada para o evento na Praça Saldanha Marinho. Diferente do ano passado, quando o Mês do Rock recebeu também workshops, oficinas e shows em bares da cidade, e durou mais de 20 dias, neste ano a escolha pela redução do evento foi em função da readaptação de orçamento, já que o valor previsto no projeto não foi aprovado em sua totalidade.

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Também diferente da última edição, neste ano a cidade recebe duas bandas de fora. Uma delas é a Cruzas, que vem da Argentina, e a outra é a catarinense Eletromatriz, de Garopaba.

Banda argentina Cruzas, que vem pela primeira vez a Santa Maria. Foto: Hernan Parera

– A ideia era trazermos bandas do Paraná, Santa Catarina, Uruguai e Argentina. Mas com esse corte, resolvemos pelo menos trazer de dois lugares. É uma ideia de expansão, de fazer com que o mês do rock se torne um evento maior, e que Santa Maria protagonize um festival de calibre sul-americano. Analisando geograficamente, é mais fácil as bandas virem até aqui do que até Porto Alegre, por exemplo. É uma troca, um selo singelo de festival sul-americano que queríamos muito fazer. Fico feliz de alguma forma poder ter plantado essa semente – conta Grings.

Veja quem estará no palco do Mês do Rock na Saldanha Marinho

Abaixo, confira os nomes que estrelam o palco do MDR, além dos respectivos horários de cada apresentação. O evento ocorre nos dois dias a partir das 14, seguindo até 20h. Serão doze horas de som ao vivo na Praça.

Sábado:

14h – Camaleão e os bichos do mato – Santa Maria
15h – Tijolo Seis Furos (TSF) – Santa Maria
16h – Brisocks – Santa Maria
17h – Eletromotriz – Garopaba (SC)
18h – Pylla C14 – Santa Maria
19h – Cruzas (Buenos Aires, Argentina)

Domingo

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A santa-mariense The césaros é uma das atrações do domingo. Foto: Juliano Dutra

14h – Shared Life (Santa Maria)
15h – The Césaros (Santa Maria)
16h – Finita (Santa Maria)
17h – Fúria (Santa Maria)
18h – Gérson Werlang – (Santa Maria)
19h – Nocet (Santa Maria)

Saiba mais sobre cada uma das bandas aqui, no Memorabília

Desde muito antes

As comemorações em alusão ao Mês do Rock em Santa Maria começaram muito antes, no fim dos anos 90. Nesse tempo, atividades foram realizadas em outros locais, como no largo da Locomotiva, e protagonizadas por várias figuras ativas do rock santa-mariense, entre elas especialmente o músico Pylla Kroth.

– Eu vejo o mês do rock como um final de uma copa do mundo pra quem faz rock. Porque muitas dessas bandas provavelmente não tenham uma possibilidade de estrutura de palco de som e luz de primeira linha, como vai ser oferecido aqui. E a importância disso é realmente fomentar a cultura do rock em uma cidade que sempre teve essa vocação ao longo dos anos. Mas eu vejo o momento do rock geral, talvez como um dos piores momentos como importância dentro do espectro da cultura rock. Já teve mais força, foi algo com mais relevância… Não vês hoje figuras ativistas com conteúdo e importância dentro da cena atual. Claro que existe, não dá pra ser injusto. Mas isso é uma provocação, mesmo, pra que novas bandas surjam, pra que tenham espaço pra tocar. Por isso vejo que o mês do rock cumpre uma função importantíssima pra quem faz, acredita e trabalha com o rock, neste momento – define Grings.

O Mês do Rock é financiado pela Lei de Incentivo à Cultura de Santa Maria.
Para saber mais e receber as atualizações das atividades do Mês do Rock, confirme presença no evento, no Facebook. 

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