Foi disponibilizado no início deste mês, no YouTube, o mais recente trabalho do músico e violonista Ricardo Borges. A gente já falou sobre ele no Aldeia Sonora (acesse aqui , ou assista ao final da matéria), quando ele nos contou que o novo álbum, Varanda, estava em produção.
Em um dedilhar suave e canções que remetem muito às suas próprias referências musicais – leia-se entre elas Ramil e Baden Powell, por exemplo – nesse novo trabalho Ricardo incluiu composições instrumentais e reafirma, a cada nota, o resultado da soma de um talento genuíno – que vem de sangue, mesmo – ao aperfeiçoamento que busca constantemente no curso de bacharelado em música, na UFSM.
De acordo com Ricardo, o Varanda é um disco bem diferente do Inverso (o primeiro trabalho), no quesito produção, tempo de gravação, texturas, proposta e conceito. Não são discos parecidos em praticamente nenhum aspecto, somente na forma das músicas no quesito composicional, que ainda é um pouco próxima. Começando pelo fato de o Inverso ser um disco com muito mais texturas e timbres e o Varanda buscar focar no violão, no “orgânico”.
– O conceito do disco foi criado pelo viés da simplicidade, de tocar na Varanda, de fazer música com os amigos sem muita cerimônia. E é uma parceria minha e do amigo Cassiano Rathke, parceiro de Pegada Torta e de empreitadas na vida. Por isso o Varanda tem um acabamento levemente mais “rústico”, não utilizamos de muitas edições e ferramentas pós-gravação para enfeitar ou corrigir detalhes musicais. O que você escuta no Varanda é o que foi gravado pelo Kbecinha, por mim, pela Jordana… Varanda portanto, é com certeza um disco livre de plásticas, de correções estéticas, é um trabalho realmente orgânico – comenta Ricardo.
O novo trabalho, com nove faixas entre canções instrumentais e letradas, conta com a parceria de alguns artistas e amigos de Ricardo, como João Kanieski, Gustavo Borges Kraemer, Evelyni Pedroso, Jordana Henriques , Lutiano Nascimento e Gabriel dos Santos.
O álbum foi mixado e masterizado por Cassiano Rathke e conta com a participação de Márcio Kbecinha na percussão e de Jordana Henriquez na voz, nas faixas Leve e Sertão do Peito.
– Sobre a pós-produção e lançamento, o Varanda é mais um tijolinho na obra que pretendo construir. Teremos muitas coisas pela frente no segundo semestre: dois concertos no Theatro Treze de Mai0 (27 de novembro e 04 de dezembro), além de registros audiovisuais, singles em estúdio, parcerias… Principalmente as parcerias, planejo em breve me reunir com o amigo Gustavo Garoto, para planejarmos um disco juntos, além de lançar alguns singles com outros artistas como Robson Thomas e Jordana Henriques. Não crio grandes expectativas com meus discos lançados, vale para ambos, penso que devo seguir criando sem freios para que um dia eu possa olhar para trás e ver uma obra digna de um grande artista. Não paramos por aqui, eu amo lançar discos, amo estar no estúdio, principalmente fortalecendo amizades e fazendo novas parcerias.
Ricardo adianta que pretende ter um novo repertório para seu terceiro disco, a partir de 2019.
– Não posso dizer muito sobre ainda, apenas que pretendo ter um disco mais posicionado politicamente no quesito das letras e que pretendo fugir da minha forma composicional atual. Mas o violão estará presente, isso é certo.
Ouça aqui:
E aqui, assista ao Aldeia Sonora com participação de Ricardo Borges
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