Uma experiência em cada gole. O ArtbeerFest, que é realizado em Caminha, Portugal, é um festival internacional que reúne fabricantes de cerveja artesanal de vários países. Neste ano, participaram cervejeiros dos Estados Unidos, Itália, Noruega, Hungria, Dinamarca, Canadá, Espanha, Grécia, Reino Unido, Croácia, além é claro dos portugueses. São quatro dias de festa com música, comida de rua (hamburgers, empanadas, sandes…) e muita cerveja.
Chegamos a Caminha no sábado à noite. Festival lotado. Os cervejeiros ficam em tendas ao redor de uma praça onde tem mesas, palco de shows, venda de petiscos, venda de balões e brinquedos… muitas famílias vão ao festival, então, tem atração para a criançada!
A primeira coisa que fizemos foi comprar o copo da festa (3 euros), é como um ingresso: de copo na mão, a ideia é ir passando de tenda em tenda para provar as cervejas, ouvir sobre os ingredientes, as técnicas, e aí comprar aquela que for ao encontro do seu paladar! Difícil foi escolher quais experimentar. Cerca de 250 cervejas diferentes! Frutadas, com vinho, com whisky, suaves, fortes. Como eu tinha lido uma reportagem sobre a festa, minha sugestão foi experimentar as cervejas gregas.
A marca Seven Island da Grécia estava pela primeira vez num festival fora de seu país e teve o título de revelação mundial de 2018, votada unanimemente nas plataformas de avaliação por milhões de fãs de cerveja em todo mundo. Provamos a Citra Blast IPA, 6,5% de teor alcoólico, ela está na lista das 100 melhores cervejas do mundo, segundo o portal RateBeer que elabora um ranking anualmente. Não sou especialista em cerveja, apenas gosto de experimentar. O sabor, para o meu paladar, é amargo característica deste tipo de cerveja (IPA) que tem o sabor do lúpulo bem presente. Mas valeu a prova e aula, em inglês, sobre a bebida! Sim, o festival também é uma experiência cultural, já que os cervejeiros de fora de Portugal trazem, além das bebidas, outras línguas, outros costumes. Que tal dizer saúde como se fala na Hungria?
Depois de escolher a primeira a experimentar, fomos passando pelas tendas vizinhas. Um paradinha na Post Scriptum, de Portugal. O que me chamou atenção foram as torneiras de cerveja com 10 sabores para escolher. Dá só uma olhadinha na foto.
Provamos primeiro a Imperial Stout Bourbon Barrel Aged. Pensa numa cerveja que mistura o sabor de chocolate, café, típicos das stouts com um gosto forte de destilado no fim! Isso mesmo! Essa bebida tem whisky e por isso o percentual alcoólico é de 14%. Na minha opinião, é gostosa, mas para tomar uma só, bem devagar e com gelo.Depois dessa, pedi ao cervejeiro a mais suave possível. Provei um gole da Sourdade, uma cerveja weiss – de trigo – com uva branca. Bem interessante, realmente leve e de baixo teor alcoólico (4,2%). E entre um gole e outro, o festival também é uma oportunidade de conhecer projetos bem interessantes como o Pink Booth Society, uma associação internacional liderada por mulheres mestres cervejeiras; e os produtores da cerveja People Like Us que pertencem a uma organização de autismo dinamarquesa e que tem em Portugal um projeto social cervejeiro dedicado ao mesmo tema. Todo o dinheiro arrecadado com a venda de cerveja no festival foi repassado a Federação Portuguesa de Autismo.
O mais legal de ficar em frente às tendas, com infinidades de cervejas, é ouvir sobre os ingredientes, como as bebidas surgiram, com quais pratos elas harmonizam… E entender, como me explicou um sommelier, que não há regra: a melhor cerveja é aquela que você gosta.
No meu caso, elegi as stouts (pretas com sabores de café e chocolate) e as weiss (feitas com trigo, mais leitosas e menos amargas) como as melhores. Tirando, é claro, a stout com whisky – essa fica para os apreciadores de bebidas fortes!
Caminha é uma cidade portuguesa, pertencente ao Distrito de Viana do Castelo, no norte de Portugal com cerca de 2.500 habitantes. A paisagem é linda, com construções antigas, ruínas que contam muitas histórias e uma natureza exuberante de montanhas e praias. Caminha está situada na foz do Rio Minho e faz divisa com a Espanha.
Nós curtimos o sábado na companhia da família e de amigos (olhem a coincidência!) santa-marienses, que fizemos aqui em Portugal!
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