Três curiosidades para saber mais sobre a Braga Romana

A 15° edição da Braga Romana terminou no domingo e já deixa um gostinho de quero mais. Além dos espetáculos, das experiências interativas, do aprendizado… uma verdadeira aula de história, como já contei no texto anterior,  o evento também chamou a atenção dos visitantes pela gastronomia e pelas curiosidades encontradas em dezenas de tendas e bancas espalhadas pelo centro histórico de Braga. Em três tópicos, eu conto um pouquinho do que mais me chamou a atenção!

Curiosidades da Braga Romana

1 – Os aromas – o uso de óleos essenciais há dois mil anos

A Carolina Ornelas nos explica, no vídeo abaixo, como os gregos extraíam óleo essencial de folhas de louro, por exemplo, e conta como eles utilizavam. Você sabia que era comum passar óleos no chão em dias de festa? Veja por quê:

2 – Os sabores da festa romana

Como o objetivo da Braga Romana é reconstruir a história e todo o modo de vida há dois mil anos, as bancas de comida na festa também lembraram o passado de alguma forma. A massa dos crepes, por exemplo, é feita no fogo em frente aos visitantes, quase um espetáculo a parte.

Veja no vídeo.

Bancas com sementes, temperos e frutas frescas ou secas chamaram a atenção do público. Tudo vendido a granel.

Fotos Michele Dias

Eu nunca tinha visto tantas frutas desidratadas…de laranja a abacaxi. A variedade de ervas para fazer chás também era imensa, assim como a quantidade de temperos. Os chás usados principalmente com fins medicinais na antiguidade tinham uma placa explicando os seus benefícios.

Os produtos de charcutaria também estavam presentes. O chouriço (linguiça) e os fumados (produtos defumados como bacon) estavam entre os mais vendidos.

Para Lara Capiberibe, a festa é uma delícia:

“Adorei ver o modo de preparo das comidas, achei uma maravilha as frutas secas e provar o sabor dos temperos mais tradicionais da época.”

Aliás, a médica brasileira que mora há 5 meses em Portugal, entrou no clima e foi à Braga Romana vestida a rigor.

3 – Em festa, não pode faltar bebida

Há milhares de anos que as bebidas alcoólicas fazem parte dos momentos festivos. Logo, na Braga Romana não faltaram bancas com licores, cervejas artesanais e ainda com a bebida que pode ser a mais antiga feita pelo homem: o hidromel. Obtida da fermentação do mel com a água, a bebida é considerada o néctar dos deuses na mitologia. Os gregos acreditavam que ao beber ganhavam força, virilidade e saúde. Existem indícios do consumo do hidromel da Grécia Antiga até a India. Mas foi mesmo na Idade Média que a bebida se popularizou no continente que hoje conhecemos como Europa. Confesso que, ao experimentar, achei muito doce. O casal Cristina e Luis Andrade, que expõe na Braga Romana há quatro anos, tem uma loja de bebidas e expuseram seus produtos na festa.

Eles contam que apesar de o hidromel gerar mais curiosidade, a bebida mais vendida é a ginja ou ginjinha de Óbidos, um licor feito com uma espécie de cereja muito comum em Portugal, especialmente na cidade de Óbidos. “Ela é feita de uma espécie de cereja mais azedinha usada só mesmo para o licor. Todo mundo gosta”, conta Cristina.

Eu não provei a ginja… Com tantas variedades, escolhi o licor que me chamou atenção: licor do creme do pastel de nata. Provei e aprovei! Doce e saboroso! Eu o colocaria na prateleira junto com o licor de amarula (o meu preferido).

Ah e nas bancas de bebidas, para comprar o líquido, era preciso adquirir um copo… a moda antiga, é claro! Seja com hidromel, cerveja artesanal ou com a simpática e famosa ginjinha, todos brindaram a festa Romana que terminou nesse domingo!

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