Duo Um Dia: musicalidade jovem em conexão Brasil-Portugal

Numa tarde de sol, em meio as flores do Jardim de Santa Barbara, em Braga – Portugal, o gaúcho Giovano Felipin conversa com a nossa reportagem. Com apenas 20 anos, ele colocou a mochila e a viola nas costas e veio estudar Direito em Coimbra por um semestre, num intercambio. Mas o que um violão tem a ver com o curso de Direito? Nada! É que apesar de estudar as leis, a paixão do Giovano é mesmo a música.

– Eu sempre tive contato com a música porque várias pessoas da minha família tocam instrumentos. O primeiro que eu tive foi um teclado com 7 ou 8 anos.

Também é mais ou menos assim a história de Murilo Souza, 19 anos, que conversou conosco em uma tarde igualmente ensolarada, no centro de Santa Maria, no Parque Itaimbé. O estudante de História da UFSM mora em Santa Maria há um ano, e ganhou seu primeiro violão aos oito anos. Ele conheceu Giovano há menos de um ano, quando os dois decidiram criar o Duo Um Dia.

Eles dois contaram ao site a história do duo, que surgiu em setembro. Logo depois o Giovano veio para Portugal… Então, o Leve-se se interessou por essa história musical, resolveu “encurtar as distâncias” e contar um pouquinho sobre a dupla. Confira o vídeo e a entrevista:

 Como surgiu o Duo ?

Giovano – A ideia do Duo mesmo surgiu por volta de setembro do ano passado, e eu não conhecia o Murilo. Eu conheci ele em setembro. Foi uma amiga nossa, a Martina, inclusive é o nome da nossa segunda música, não por acaso, que nos apresentou e falou que a gente devia tocar juntos um dia. Então, começamos a tocar músicas que nós gostávamos. Temos uma afinidade musical bem interessante e, a partir dali, ele trouxe umas músicas dele, eu trouxe umas minhas e começamos a produzir a música autoral. Fizemos uma apresentação em Santa Maria, nossos amigos lotaram o lugar e nos encheram de vontade de continuar a ideia.

Quais são as influências diretas na composição de vocês?

Giovano – Essa é uma pergunta complexa. Acho que todo músico tem muitas influencias, né, nacionais e internacionais. Uma das minhas inspirações é o Humberto Gessinger, que tem um papel importante na música gaúcha. Temos coisas em comum com a música popular brasileira, sobretudo os novos artistas, Cícero, Ana Muller, enfim e a gente produz música neste estilo. Um estilo meio “folk independente brasileiro” , uma mescla de um pouco de tudo.

Murilo – Inclusive uma referência bastante bacana que temos é a banda gaúcha Dingo Bells. Incrível o trabalho deles, e são uma das nossas bases especialmente em termos vocálicos e de percussão. Rubel nos influencia especialmente nas cordas, os violões, a falta de metrônomo e espontaneidade. Ana Muller e a voz incrível, a sua composição… isso tudo acaba influenciando a nossa música.

Contem um pouco sobre a ideia de criar o projeto

Giovano – A principal ideia do Duo é externalizar coisas que temos conosco, que acabamos a não falando, não expondo, e acredito que tem muita gente que tem coisas em comum e que se identifica com as nossas músicas. Justamente por isso, porque as pessoas não costumam falar tanto de seus sentimentos. Tanto o motivo do nome “Um dia” quanto das nossas músicas até agora tem sido em maior ou menor grau fazer com que as pessoas façam valer a pena o que elas estão vivendo no hoje. Isso não significa não prestar atenção no futuro ou não entender o passado, mas aproveitar muito o hoje. Tem muita gente colocando na cabeça essa coisa de que tem que fazer sucesso antes dos 25 e acaba esquecendo de viver. Tanto Chá de Limão como Martina que são nossos dois singles tentam passar essa ideia.

Quais os planos para o Duo quando vocês se reencontrarem?

Giovano – Vamos nos reencontrar e começar os ensaios porque, surpresas a parte, a gente tem alguns shows pré marcados. Então, voltamos a todo vapor para os ensaios e ainda nesse segundo semestre de 2018, nós planejamos o lançamento do nosso primeiro EP, com 4 faixas inéditas. O que eu posso garantir para 2018 é um ano cheio de novidades musicais da nossa parte.
Murilo – O EP vai ser gravado n

o segundo semestre, e, no mais tardar em janeiro ele vai sair. Ainda não temos um nome, mas estamos elaborando, junto com artistas da cidade. Vai ser um trabalho bem santa-mariense. Vamos fazer um show de retorno em Santa Maria. Os demais shows vão ser em Taquari (minha cidade natal), e também onde houver “aclamação popular” (risos)… Temos amigos em Porto Alegre, em São Pedro do Sul e queremos muito tocar em outras cidades do Rio Grande do Sul

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